Confiram o vídeo abaixo:
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Monsters inside me
Confiram o vídeo abaixo:
Modelo pioneiro usa células intestinais de felinos para estudo da toxoplasmose

Laboratório de Biologia Estrutural do IOC
Embora o Toxoplasma gondii seja conhecido há mais de um século, a maioria das pesquisas estuda a toxoplasmose no homem, hospedeiro intermediário do parasito. É no felídeo, seu hospedeiro definitivo, que acontecem os ciclos sexuado e assexuado de sua reprodução, garantindo sua manutenção na natureza.
Um trabalho realizado no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) buscou avançar justamente neste ponto: os pesquisadores desenvolveram um modelo inédito de cultivo in vitro de células intestinais de gato doméstico. O modelo pode ser o primeiro passo para a realização de pesquisas sem a utilização de animais adultos vivos, e pode abrir caminho para novas estratégias de controle da doença.
Como hospedeiros definitivos do parasito, os felídeos, em especial o gato doméstico, têm papel fundamental no ciclo da toxoplasmose. Em geral, são contaminados pela ingestão de carne de roedores ou de pequenas aves infectadas. A reprodução sexuada do T. gondii acontece somente no intestino destes reservatórios, onde são produzidos os oocistos, eliminados nas fezes, contaminando água, solo, plantas e animais. O modelo experimental é o primeiro capaz de reproduzir esse ciclo.
Para o veterinário Marcos de Assis Moura, responsável pelo estudo, entender porque o ciclo sexuado do T. gondii ocorre apenas em felídeos pode permitir o desenvolvimento de novas estratégias de controle da toxoplasmose. “Podemos pensar em vacinas ou terapias para aplicação em gatos que interrompam o ciclo reprodutivo do parasito no gato, por exemplo” avalia o Marcos.
Para leitura na íntegra acesse: http://www.fiocruz.br/ioc/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=669&query=simple&search_by_authorname=all&search_by_field=tax&search_by_headline=false&search_by_keywords=any&search_by_priority=all&search_by_section=all&search_by_state=all&search_text_options=all&sid=32&site=fio&text=toxoplasma
domingo, 1 de novembro de 2009
Casos de neurocisticercose grave preocupam município de Minas Gerais

Doença causada pela presença da larva da Taenia solium no cérebro, a neurocisticercose vem avançando no Brasil. Embora não existam dados concretos em função da dificuldade de diagnosticar essa parasitose, e pelo fato de a notificação não ser compulsória, pesquisas acadêmicas têm mostrado um aumento no número de casos. Em Minas Gerais, um estudo feito pelo professor de radiologia médica do Centro Universitário de Caratinga, na região do Rio Doce, Luciano Ribeiro comprova o crescimento da doença entre a população. Depois de analisar 6,2 mil laudos de tomografias, realizadas no Centro de Tomografia Computadorizada do município, ele encontrou 1.046 casos de pessoas infestadas com a parasitose na que é considerada a sua forma mais grave, o cisticerco. “O número é muito expressivo quando se trata de uma população de 82 mil habitantes, uma vez que são apenas casos diagnosticados. E aquelas pessoas que não têm condições de passar por um exame de tomografia computadorizada?”, pondera.
Perigo
No organismo, o parasita segue para tecidos do organismo, como os músculos, a retina e o cérebro. No sistema nervoso central, o cisticerco pode provocar desde cefaleias intensas, crises convulsivas, hidrocefalia e até a morte. As crises epilépticas são as complicações mais comuns. “Para que ocorra a neurocisticercose, o indivíduo tem que ingerir os cisticercos, e isso ocorre devido a alimentos ou mãos contaminadas. O portador do verme adulto elimina, com as fezes, os cisticercos no ambiente”, informa o professor. Quando o cisticerco começar a morrer, o que pode ocorre em um prazo de cinco anos, o processo provocará reações inflamatórias, que variam de indivíduo para indivíduo.
O professor ainda está pesquisando a infestação em Caratinga, mas trabalha com a hipótese de que a causa esteja relacionada à qualidade da água usada para irrigar as lavouras e hortas na região rural. “As hortaliças caracterizam o maior problema devido à falta de saneamento básico perante os produtores rurais que usam água contaminada por esgoto lançado nos rios. O ciclo se fecha quando a plantação é irrigada e não há higienização adequada da folhas, que devem ser friccionadas e não somente lavadas em água corrente ou mesmo colocadas em repouso no vinagre, pois esses procedimentos não eliminam os cisticercos que são invisíveis a olho nu”.
Oncocercose ainda é desafio nas Américas

29/10/09
“Nosso maior desafio é o fato de que o foco da doença na Amazônia é binacional, na fronteira entre o Brasil e a Venezuela. Os índios Yanomami são nômades, transitam em uma área de aproximadamente 192 mil Km2 entre os dois países. Além disso, a região é difícil acesso, o que dificulta o tratamento”, explica Marilza Herzog, chefe do Laboratório de Simulídeos e Oncocercose do Instituto Oswaldo Cruz (LSO/IOC).
“A conferencia é importante porque celebra a iniciativa regional anualmente. Durante os dias de evento, os paises apresentam seus avanços na busca pela meta de erradicação da doença nas Américas”, resume Mauricio Sauerbrey, diretor da OEPA. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, cerca de 500 mil pessoas vivem sob risco de infecção na América Latina.
Sobre a Oncocercose
A oncocercose é uma doença parasitária causada pela filária Onchocerca volvulus que se desenvolve por até 15 anos e gera adultos de até 80 cm, quando fêmeas, no corpo do hospedeiro humano. Transmitida por meio da picada de mosquitos do gênero Simulium, essa parasitose é raramente letal, porém considera como flagelo social na África, por seu sintoma mais grave a cegueira irreversível, causada inicialmente por uma reação inflamatória contra o parasita no olho, a oncocercose passou a ser conhecida como “cegueira dos rios”. Segue como a segunda causadora de cegueira no Mundo.
Testes clínicos de nova droga contra doença de Chagas começam em 2010

Do G1, em São Paulo
29/09/09
A Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi, na sigla em inglês) anunciou nesta terça-feira (29) em Tóquio que vai iniciar em 2010 testes clínicos em humanos com um “novo e promissor” medicamento contra a doença de Chagas. Segundo a entidade, o lançamento é o lance mais significativo na luta contra a doença em quatro décadas.
Há quase 40 anos foram descobertos os dois únicos medicamentos disponíveis contra Chagas. O problema é que eles não são administrados na fase crônica da doença, nem são muito eficazes. Entretanto, mais de 90% dos pacientes só descobrem que sofrem de Chagas já nessa fase crônica. O objetivo do novo tratamento é justamente atuar com mais eficácia na fase crônica da doença, em especial entre pacientes adultos.
A DNDi é uma parceria de pesquisa e desenvolvimento de medicamentos sem fins lucrativos fundada em 2003. Sete organizações de diferentes partes do mundo se uniram nessa parceria: Fundação Oswaldo Cruz do Brasil, Conselho de Pesquisa Médica da Índia, Instituto de Pesquisa Médica do Quênia, Ministério da Saúde da Malásia, Instituto Pasteur da França, Médicos sem Fronteiras (MSF) e Programa Especial para Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais (TDR) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
O novo remédio é o E1224, uma “pró-droga” do ravuconazol – quando entra no organismo, o E1224 se transforma no antifúngico, que tem demonstrado in vitro e in vivo ter uma atividade potente contra o parasita responsável pela doença. Ele foi desenvolvido pela Eisai, uma empresa farmacêutica japonesa.
Assim que estiver pronto, o novo medicamento será comercializado a preço de custo aos setores públicos e ONGs que trabalham com a doença de Chagas, afirma em nota a DNDi.
Leia reportagem na íntegra: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1322454-5603,00-TESTES+CLINICOS+DE+NOVA+DROGA+CONTRA+DOENCA+DE+CHAGAS+COMECAM+EM.html
Piolho prejudica aprendizado, conclui estudo da Unesp

Do G1, em São Paulo
20/10/09
A infestação por piolhos (Pediculus capitis) prejudica o aprendizado ao reduzir a autoestima das crianças em idade escolar. Pesquisa do biólogo Newton Madeira, do Departamento de Parasitologia do Instituto de Biociências da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), câmpus de Botucatu, comprovou que o problema de saúde é comumente vinculado a fatores socioeconômicos e encarado pela população – e pelo poder público – como um mero incômodo, e não um como problema de saúde.
No combate à doença, o uso indiscriminado de piolhicidas - produtos potencialmente tóxicos - pode criar resistência no inseto, o que torna as futuras infestações mais difíceis de combater. Já raspar a cabeça pode deixar traumas nas crianças. “Métodos caseiros não têm eficácia comprovada e podem ser perigosos, levando a alergias e a irritações”. O pente fino de plástico é a forma mais eficaz e mais econômica de eliminar o piolho, recomenda o biólogo.
A coceira provocada pelo inseto causa irritação, distúrbios do sono e lesões no couro cabeludo. A criança infectada sofre discriminação na escola e na comunidade.Leia reportagem na íntegra: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1347998-5603,00-PIOLHO+PREJUDICA+APRENDIZADO+CONCLUI+ESTUDO+DA+UNESP.html
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
2º Lugar na Etapa Final das Ciências da Saúde II!!!

Bom como alguns já sabem o blog ficou em 2º lugar na XII semana de monitoria na sessão de Ciências da Saúde II.
Gostaria de parabenizar a todos pelos resultados!! A monitoria não é o próprio monitor, mas uma relação que se constrói entre o professor, o monitor e a turma.
Acredito que o grande diferencial do trabalho foi a busca por benefícios diretos para os alunos, sempre com o foco na melhoria e no interesse pela discplina, além de enfatizar a possibilidade de expandir o aprendizado de acordo com a vontade do aluno.
Quero agradecer em especial à professora Danuza Mattos pela orientação, paciência, atenção, conselhos, por todo apoio e ajuda que foi dado desde o início!Ahh ... e é claro pelas ótimas aulas de Parasitologia que me fizeram ter uma grande vontade e interesse em ser monitora da disciplina.
Quero agradecer ainda, a todos os professores e alunos da disciplina por todo apoio, incentivo e principalmente pela oportunidade de poder realizar este trabalho. Aos meus familiares e amigos sempre presentes que me apoiaram e torceram muito por mim.
Agradeço a Deus pela oportunidade de colocar tantas pessoas maravilhosas no meu caminho!
Alunos aproveitem essa ótima equipe de professores, e também o blog que foi criado especialmente para vocês buscando aprimorar e atualizar o conhecimento em Parasitologia.
Um grande abraço.
Camila
domingo, 18 de outubro de 2009
Substância usada em cosméticos poderá contribuir para o desenvolvimento de novos fármacos para a doença de Chagas

A carragenina é um potente inibidor da multiplicação do vírus da dengue tipo 2 e 3 em células Vero e HepG2 e também pode bloquear a infecção pelo HPV. A substância também é conhecida comercialmente pelo uso em cosméticos e produtos alimentares. De acordo com Valéria, pesquisas mostram que os carboidratos estão envolvidos em muitos processos de interação e adesão que ocorrem em diversos parasitas (Plasmodium falciparum, Trypanosoma cruzi) e em células hospedeiras humanas. A carragenina lambda, escolhida para o estudo da pesquisadora, é composta principalmente de D-galactose sulfatada e tem uma maior quantidade de grupos sulfatados quando comparada com outros análogos (carragenina kappa e iota).
A carragenina é conhecida por induzir inflamação aguda, edema de pata e injúria nos vasos sanguíneos, inibe funções do complemento e liberação de quininas e potencializa a endotoxicidade. A substância também é utilizada na formação de bolsa de ar em roedores, liberação de mediadores de celulares e para aumentar a formação de metabólitos de oxigênio, que contribuem para a patofisiologia da inflamação.
No entanto, como a literatura ainda não apresenta dados sobre o uso da carragenina e o Trypanosoma cruzi, o grupo de Valéria decidiu aumentar o conhecimento a respeito dos estudos relacionados às interações parasita-hospedeiro, pesquisando a participação da carragenina na interação célula muscular-parasita. Os estudos poderão contribuir para o desenvolvimento de novos fármacos para a doença de Chagas.
Leia mais em: http://www.fiocruz.br/ccs/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=2644&query=simple&search_by_authorname=all&search_by_field=tax&search_by_headline=false&search_by_keywords=any&search_by_priority=all&search_by_section=all&search_by_state=all&search_text_options=all&sid=9&site=ccs&text=parasitas
sábado, 17 de outubro de 2009
Entomologia forense

A Entomologia Forense é a ciência que aplica o estudo dos insetos a procedimentos legais. As pesquisas nesta área são feitas desde a década de 1850 e nas últimas décadas vem obtendo progressos. A princípio existia um grande ceticismo quanto a sua aplicação, porém, paulatinamente, peritos criminais e legistas passam a contar com o auxílio de entomólogos para aprimorarem seu trabalho. Atualmente, vem crescendo o interesse de pessoas ligadas a instituições judiciais e cientistas forenses em como conduzir a entomologia junto a outras técnicas de investigação em casos de morte (Catts & Haskell, 1991). Os principais centros de investigação do mundo todo como, por exemplo, o Federal Bureau Investigation - F.B.I. (Estados Unidos), já contam com auxílio de entomólogos. As pesquisas realizadas no exterior já somam um grande banco de dados sobre o padrão de sucessão de insetos nos corpos, porém, devido às nossas condições climáticas aliadas à grande extensão territorial, esses dados não podem ser seguramente utilizados nos nossos exames periciais. Os entomólogos brasileiros, por sua vez, devido a impedimentos jurídicos e éticos, desenvolvem esse estudo em carcaças animais visando extrapolá-los para cadáveres humanos, portanto se faz necessário uma pesquisa mais abrangente no meio pericial.
A divulgação dessa ciência no âmbito policial nacional é quase inexistente e em razão disso, dados entomológicos importantíssimos são completamente ignorados, conseqüentemente, revelações valiosas se perdem. Na realidade, até agora pode se dizer que a perícia médico-legal baseia-se, ainda quase exclusivamente, na observação atenta das alterações macroscópicas que se sucedem na decomposição dos corpos, sujeitas a inúmeras causas de variação, umas acelerando sua sucessão e outras retardando.
Aplicações nos casos de morte violenta:
Conhecimentos entomológicos podem ser utilizados para revelar o modo e a localização da morte do indivíduo, bem como mais freqüentemente, estimar o tempo de morte (intervalo post mortem - IPM).
Outras aplicações:
Entorpecentes e maus tratos
Leia artigo na íntegra:
http://www.policiacivil.rj.gov.br/acadepol/ceap/artigos/artigo03.htm
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Doença de Chagas. IOC inicia testes com medicamento a base de selênio

Luiz Augusto Gollo/Agência Brasil
19/05
No ano do centenário da descoberta do mal de Chagas, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC) prepara para o início de testes em humanos de um novo medicamento à base de selênio, um dos elementos naturais subtraídos no organismo pela doença.
A diretora do IOC, Tânia Araújo-Jorge, responsável pela pesquisa, diz que os testes em animais foram concluídos com êxito e agora cumpre-se a série de protocolos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para os testes com os portadores da doença, em fase de seleção entre os 1.200 registrados no Instituto de Pesquisas Clínicas Evandro Chagas, também da Fundação Oswaldo Cruz .
Sem data marcada
Como ocorre no mundo inteiro nas pesquisas científicas em geral, a que se desenvolve no Instituto Oswaldo Cruz não tem prazo para chegar a algum resultado, mas Tânia Araújo-Jorge estima em sete anos o tempo para saber se os testes em pacientes com o novo medicamento apresentam resultado encorajador.
Como se combate o Mal de Chagas
No Brasil, cujo universo de infectados gira entre 4 milhões e 6 milhões, o mal de Chagas é enfrentado em "três grandes linhas de ação": o estudo permanente e aprofundado do uso do Benzonidazol, a investigação sobre novas drogas contra o parasita e o fortalecimento da resistência do paciente. Ela age nas três, mas seu foco principal é o paciente e não o parasita. "Os doentes já são prioritários para transplantes desde o primeiro transplante de coração feito no país, há mais de 40 anos, como também merecem atenção especial para a implantação de marcapasso cardíaco."
Leia reportagem na íntegra: http://www.parasitologia.org.br/default.asp?MENU=34&EDITORIA=974
The Winged Scourge
estou postando um vídeo relacionado com a saúde educacional, produzido pelos estúdios Disney em parceria com o Coordenador de Assuntos Interamericanos, que mostra como se adquire a malária, que consequências ela traz, e como é evitada de uma maneira bem divertida e interessante.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Paleoparasitologia no Brasil

Ciênc. saúde coletiva vol.7 no.1 São Paulo 2002
Gonçalves, Marcelo L. C; Araújo, Adauto; Ferreira, Luiz FernandoA paleoparasitologia e as migrações pré-históricas
A análise da distribuição de infecções parasitárias no passado possibilita especulações quanto às migrações humanas em diferentes regiões ao longo do tempo assim como contatos interpopulacionais, uma vez que, sob a ótica evolucionista, uma determinada espécie biológica não surge em mais de um ponto geográfico. Com isso, pode-se confirmar ou refutar teorias de povoamento e propor alternativas com base em achados paleoparasitológicos. A sugestão de uma via terrestre entre a Ásia e a América do Norte como porta de entrada do novo mundo para os habitantes pré-colombianos, reinou por quase 400 anos como a explicação da origem asiática, via Estreito de Bering, dos primeiros habitantes das Américas. O estudo de coprólitos humanos tem levantado dúvidas sobre o modelo clássico do povoamento pré-colombiano das Américas pelo Estreito de Bering. As teorias clássicas propostas sobre o povoamento sugerem ondas migratórias por esta região, em número e época variáveis. Entretanto, este modelo não pode justificar o encontro de ovos de ancilostomídeos e de Trichuris trichiura em coprólitos oriundos de sítios arqueológicos das Américas há pelo menos 7.200 anos . O clima frio da Beríngia não permitiria a persistência deste tipo de parasitismo na população migrante, agindo como um verdadeiro filtro. Deste modo, a transmissão de parasitos com parte de seu ciclo evolutivo obrigatoriamente no solo seria interrompida ao longo das gerações de hospedeiros humanos que se sucederam por esta via migratória. Tais achados sugerem, na verdade, rotas alternativas, por mar, como uma possibilidade para as migrações humanas na América pré-histórica, tornando questionável a exclusividade absoluta do Estreito de Bering como porta de entrada.
Leia o artigo na íntegra: http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232002000100018&lang=pt&tlng=pt
domingo, 11 de outubro de 2009
Ação in vitro dos fungos Beauveria bassiana (Bals) Vuill e Metarhizium anisopliae (Metsch) Sorok sobre ninfas e adultos de Amblyomma cajennense

Amblyomma cajennense (Fabricius, 1787) é um carrapato amplamente distribuído no continente americano, desde o Sul do Texas, nos Estados Unidos, até a América do Sul (Robinson, 1926). Além dos danos diretos determinados pelo parasitismo, a espécie é responsável pela transmissão de patógenos causadores da erliquiose (Massard, 1984) e da febre maculosa (Monteiro et al., 1931) dentre outras doenças, o que torna fundamental o conhecimento aprofundado de sua biologia, visando estabelecer estratégias racionais e eficazes para o seu controle. O Brasil, em decorrência de suas condições climáticas, é uma região potencialmente favorável ao desenvolvimento de alta infestação por ixodídeos, onde áreas de pastagens apresentam elevada incidência dos estádios não parasitários de A. cajennense, durante todo o ano (Serra Freire, 1982).
Os fungos Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana são comprovadamente patogênicos para insetos (Alves, 1998) e sua patogenidade foi testada em carrapatos das espécies Boophilus microplus (Bittencourt et al., 1997), Rhipicephalus sanguineus (Monteiro et al., 1998a) e Anocentor nitens (Monteiro et al., 1998b). Nessas espécies provocaram mortalidade ou alterações em algumas fases de seu ciclo biológico.
O trabalho teve por objetivo verificar a mortalidade in vitro de ninfas e adultos de Amblyomma cajennense frente à ação de isolados dos fungos Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae.
Conclui-se que todos os isolados testados causaram mortalidade em testes in vitro sobre esses estádios evolutivos, sugerindo o controle do A. cajennense pela ação desses fungos.
Leia artigo na íntegra: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-09352001000500005&lang=pt&tlng=pt
Uso de corticóide sistêmico e intravítreo na inflamação secundária a cisticercose intra-ocular: relato de caso


Print version ISSN 0004-2749
Cisticercose é uma parasitose causada pela ingestão de ovos de Taenia solium, excretados nas fezes humanas, e caracterizada pelo parasitismo de diversos tecidos pela forma embrionária do verme Cysticercus cellulosae. As larvas localizam-se especialmente nos tecidos muito vascularizados como coração, músculo esquelético, cérebro e olhos.
Paciente de 62 anos do sexo masculino natural e residente na zona rural do estado de Santa Catarina foi encaminhado com baixa acuidade visual, dor ocular, hiperemia e lacrimejamento há 2 meses no olho direito (OD). Relatava trauma penetrante em olho esquerdo (OE) há 23 anos com perda da visão. O paciente era portador de hipertensão arterial sistêmica leve controlada e negava outras doenças sistêmicas, uso de medicamentos, assim como cirurgias oftalmológicas anteriores ou trauma ocular em OD.
O exame biomicroscópico e ultra-sonográfico permitiu o diagnóstico ocular de cisticercose intravítrea. Foi realizada cirurgia de vitrectomia via pars plana para remoção do parasita e no intra-operatório ocorreu ruptura do cisto com extravasamento intravítreo. Durante o procedimento foram injetadas 400 microgramas de dexametasona intravítreo e prescrito 60 mg/dia de prednisona via oral por 14 dias. O paciente evoluiu com recuperação visual e acuidade visual final de 20/25, retina aplicada e vítreo claro. Em conclusão, farmacoterapia com corticóide intravítreo associada à terapia com corticóide sistêmico pode ser considerada como alternativa a ser associada para o controle inflamatório após cirurgia vitreorretiniana de cisticercose ocular.
Leia artigo na íntegra: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492007000600023&lang=pt&tlng=pt
Leishmaniose ameaça a saúde dos cães em Belo Horizonte
Confira a reportagem abaixo:
Mosquitos ajudam no combate da malária e filariose

da Efe, em Washington
Os mosquitos que transmitem a malária e a filariose linfática ajudam a combater as duas doenças por meio de engenharia genética e da alteração de seu sistema imunológico, apontam dois estudos divulgados pela revista "Science" na quinta-feira (1º).
No caso da malária, cientistas franceses e alemães descobriram uma possível arma para combater a doença no genoma do Anopheles gambiae, o mosquito vetor do parasita que causa a forma mais grave da doença na África.
No da filariose, cientistas da Universidade de Oxford descobriram que infectar os mosquitos com um parasita bacteriano deve ajudar a prevenir a doença.
No primeiro estudo, cientistas descobriram que as variações de um gene afetam a capacidade do mosquito de resistir à infecção do parasita da malária.
"Ao aprender como os mosquitos resistem à malária podemos encontrar novos instrumentos para controlar a transmissão aos seres humanos em zonas frequentes"
Leia a reportagem em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u632453.shtml
domingo, 6 de setembro de 2009
Pesquisa do Instituto Butantan usa saliva de carrapato-estrela contra câncer

Emilio Sant’Anna Do G1, em São Paulo
A pesquisa – ainda não publicada – foi um dos destaques no 22º Congresso Internacional da Sociedade de Trombose e Hemostasia, realizado em Boston (EUA), em julho. “Imaginávamos que a saliva do carrapato tivesse algum componente que inibe a coagulação, pois, como hematófago, precisa manter o sangue fluindo para se alimentar”, explica a farmacêutica Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, coordenadora do estudo.
Partindo dessa suspeita, a pesquisadora analisou a sequência de genes da glândula salivar do carrapato, responsável pela produção de uma proteína anticoagulante. Os resultados foram comparados à ação de anticoagulantes conhecidos como TFPI (presentes na saliva humana). A conclusão foi que a proteína presente na saliva poderia ser produzida em laboratório. Um pedaço do DNA analisado foi introduzido em bactérias Escherichia coli que passaram a secretar a mesma proteína. “Elegemos esse clone e produzimos a proteína recombinante”, explica Ana Marisa.
Fatal para tumores, inofensivo para células normais
Testando a proteína em células de vaso sanguíneo para medir seu nível de toxicidade, descobriu-se que a substância é segura para células saudáveis, mas fatal para células tumorais. O experimento foi então extendido a camundongos que tiveram melanomas (câncer de pele) induzidos, e o resultado surpreendeu os pesquisadores.
Tratados durante 42 dias com a proteína, os tumores dos camundongos apresentaram reversão completa. “Testamos em culturas de células tumorais e a surpresa foi positiva, pois a proteína tem atividade altamente citotóxica para elas e não para células normais”, explica.
Leia a reportagem na íntegra: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1265464-5603,00-PESQUISA+DO+INSTITUTO+BUTANTAN+USA+SALIVA+DE+CARRAPATOESTRELA+CONTRA+CANCER.html
Estudo revela como ameba 'dribla' sistema imunológico
Da BBC
Para pesquisadores, revelação pode levar a avanços contra a disenteria e a malária.
Cientistas dos Estados Unidos acreditam ter descoberto o mecanismo que permite que as amebas que causam disenteria driblem o sistema imunológico dos seres humanos.
Em um artigo na publicação científica Genes and Development, os pesquisadores, das universidades Johns Hopkins e Stanford, disseram que a Entamoeba histolytica possui uma enzima capaz de eliminar de sua superfície proteínas que, quando presentes, alertam o corpo humano para a presença de organismos potencialmente perigosos.
"Esta é a primeira enzima a ser identificada que pode estar envolvida na evasão do sistema imunológico", disse Sin Urban, da Johns Hopkins University.
Segundo os pesquisadores, a descoberta pode abrir caminho para vacinas contra disenteria e também para tratamentos contra a malária - já que a enzima identificada seria bastante semelhante a uma outra, do mesmo grupo, encontrada no protozoário responsável pela malária.
Leia a reportagem na íntegra: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL603179-5603,00-ESTUDO+REVELA+COMO+AMEBA+DRIBLA+SISTEMA+IMUNOLOGICO.html
sábado, 5 de setembro de 2009
Cientistas argentinos descobrem como giardia se "esconde" dos anticorpos

Cientistas argentinos estudaram o parasita intestinalGiardia lamblia e conseguiram determinar seu processo de variação antigênica para evitar ser detectado pelo sistema imunológico humano, diz matéria publicada no último número da revista inglesa Nature.
A análise esteve a cargo de uma equipe liderada por Hugo Luján e seus colegas do Laboratório de Bioquímica e Biologia Molecular da Faculdade de Medicina daUniversidad Católica de Córdoba.
Este parasita consegue se camuflar ao mudar a expressão da proteína em sua superfície, as denominadas proteínas variáveis de superfície (VSP, na sigla em inglês), a fim de evitar ser detectado pelo sistema imunológico, indica a matéria.
Para isto, o Giardia lambia utiliza um mecanismo similar ao RNA (molécula de ácido ribonucléico que suprime a expressão de genes específicos).
Os analistas acrescentaram que fica clara a função dos antígenos variáveis de superfície, primeiro sobre seu papel na evasão da resposta imune do hospedeiro parasitado e, depois, sobre a enorme importância na proteção contra infecções em indivíduos que contam com um arsenal imunológico.
A idéia de bloquear o mecanismo de variação antigênica, segundo eles, pode ser de grande utilidade para a geração de vacinas contra outros importantes parasitas que também manifestam variação antigênica, como sucede na malária (causada por diferentes espécies de plasmódios) ou a doença do sono (gerada pelo Tripanosoma brucei), doenças que produzem grande mortandade em diversas áreas do mundo.
Doença de Chagas. Quinzeane, novas perpectivas no tratamento da infecção crônica

Danielle Castro/Gazeta de Ribeirão
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) conseguiram curar o Mal de Chagas
De acordo com o pesquisador e biólogo Paulo Guedes, 31, um dos responsáveis pelo trabalho, a única droga existente no mercado para tratamento de Chagas, o Benznidazole, tem um nível alto de toxicidade e funciona para aqueles que recebem a medicação até quatro meses depois de serem infectados. A expectativa dos pesquisadores é de que a nova droga, que tem como princípio o óxido nítrico (NO), possa ser associada ao Benznidazole para um tratamento eficaz.
"A droga vai liberando óxido nítrico e diminuindo a quantidade de comunidades de Trypanosoma no organismo e a inflamação do coração na fase crônica. Pensamos em associá-la a que já existe no mercado para atuarmos em várias vias, o que deve facilitar a eliminação do parasita", disse Guedes. O biólogo afirmou que o Quinzeane é uma esperança de cura concreta, mas que o uso em humanos pode esperar pelo menos dez anos.
Leia mais em: http://www.parasitologia.org.br/default.asp?MENU=8&EDITORIA=826
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Aspectos clínicos, patogênese e diagnóstico de Trichomonas vaginalis
Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial
ISSN 1676-2444
Trichomonas vaginalis é o agente etiológico da tricomoníase, a doença sexualmente transmissível (DST) não-viral mais comum no mundo. Esse protozoário flagelado atinge o parasitismo com sucesso em um ambiente hostil através dos vários mecanismos pelos quais estabelece sua patogenicidade e também por sua capacidade de evadir a resposta imune do hospedeiro. A infecção apresenta uma ampla variedade de manifestações clínicas, desde quadro assintomático até severa vaginite. A tricomoníase tem sido associada à transmissão do vírus da imunodeficiência humana (HIV), à doença inflamatória pélvica, ao câncer cervical, à infertilidade, ao parto prematuro e ao baixo peso de bebês nascidos de mães infectadas. A investigação laboratorial é essencial na diagnose dessa patogenia, uma vez que leva ao tratamento apropriado e facilita o controle da propagação da infecção. A prevalência mundial anual da tricomoníase é de 180 milhões de casos, e na Europa é responsável por 41% dos casos de vaginite. A terapia da tricomoníase inclui as mesmas medidas profiláticas destinadas às outras DSTs, como prática de sexo seguro e uso de preservativos. O metronidazol é o medicamento de escolha no tratamento da tricomoníase, entretanto, devido à ineficácia dos tratamentos de dose única e ao iminente surgimento de cepas resistentes, outras alternativas terapêuticas estão sendo investigadas.Para leitura completa do artigo, acesse: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442004000300005&lang=pt&tlng=pt
O imprescindível analista clínico
Data: 29/09/2008
Para o pessoal que se interesse pela área, estou postando um pronunciamento do presidente do conselho federeal de farmácia (CFF) sobre a importância do analista clínico e suas conquistas na área.
O Presidente do Conselho Federal de Farmácia, Jaldo de Souza Santos, anunciou o fortalecimento da política do órgão, de fomento à qualificação profissional, com a reativação da Fundação Brasileira de Ciências Farmacêuticas, pertencente ao Conselho. O anúncio foi feito, no dia 28.09.08, em Fortaleza (CE), durante o discurso que proferiu na abertura do "20º Congresso Internacional de Química Clínica e Medicina Laboratorial", "35º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas" e "8º Congresso Brasileiro de Citologia Clínica".
Para o Presidente do Conselho Federal de Farmácia, não há sociedade, no mundo, capaz de obter qualquer conquista, no setor de saúde, se ela não contar com os serviços dos analistas clínicos. "E a medicina não alcançaria tanta exatidão nos diagnósticos, nem ofereceria segurança aos pacientes, não fossem os modernos exames laboratoriais. Por isso, são tão imprescindíveis", arrematou Dr. Jaldo.
"Eu costumo dizer que o analista clínico é o anjo da guarda do paciente, porque ele está, sempre, na retaguarda do tratamento. O seu olhar 'microscópico' e o seu ilimitado conhecimento e capacidade de interpretar os exames são as chaves que abrem o tesouro onde estão abrigadas as respostas bioquímicas para a elucidação das doenças", comentou o dirigente do CFF.
Para ver o pronunciamento do presidente do CFF na íntegra, acesse: http://www.cff.org.br/#[ajax]noticia&id=79
Comunidades Quilombolas- casos de malária

domingo, 23 de agosto de 2009
Curativo "high-tech" trata leishmaniose

EDUARDO GERAQUE
da Folha de S.Paulo
Plástico, água, radiação e o antimoniato. Com todo esses ingredientes dosados de forma precisa no laboratório, uma equipe do Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares) desenvolveu um curativo inteligente para tratar a leishmaniose cutânea, doença causada por um protozoário e que afeta 18 mil pessoas por ano no Brasil.
O produto, que será testado em animais nos próximos meses, usa a mesma droga já aplicada contra as feridas causadas pela leishmânia hoje em dia. Mas ele tem uma vantagem importante em relação ao tratamento convencional, dizem os autores da pesquisa: em forma de hidrogel, ele tem liberação controlada na pele do paciente.
Leia reportagem na íntegra: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u569868.shtml
OMS alerta para risco de uso de homeopatia contra Aids e malária
A OMS (Organização Mundial de Saúde) endossou uma carta enviada pela organização Voice of Young Science Network, condenando a promoção do uso de homeopatia para o tratamento de malária, tuberculose, Aids, influenza e diarreia infantil em países em desenvolvimento, principalmente na África ao sul do Saara.
Segundo a rede, formada por jovens profissionais da medicina interessados em pesquisa e ligada a uma ONG que promove tratamentos de saúde que já tenham sido comprovados, a promoção da homeopatia nesses países põe em risco a vida dos pacientes.
Segundo a OMS, a homeopatia "não tem lugar" no tratamento dessas doenças.
Nanotecnologia farmacêutica aplicada ao tratamento da malária
Para leitura completa do artigo, acese:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-93322007000400003&lang=pt
Ectoparasitoses e saúde pública no Brasil: desafios para controle
Para leitura completa do artigo, acesse:
http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2003000500032
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Inicio
Após as férias prolongadas pela gripe A, finalmente retornamos às aulas. Esta semana falamos sobre os artrópodes e aqui está um dos vídeos utilizados. Vejam se sabem quem é este.