
Cientistas argentinos estudaram o parasita intestinalGiardia lamblia e conseguiram determinar seu processo de variação antigênica para evitar ser detectado pelo sistema imunológico humano, diz matéria publicada no último número da revista inglesa Nature.
A análise esteve a cargo de uma equipe liderada por Hugo Luján e seus colegas do Laboratório de Bioquímica e Biologia Molecular da Faculdade de Medicina daUniversidad Católica de Córdoba.
Este parasita consegue se camuflar ao mudar a expressão da proteína em sua superfície, as denominadas proteínas variáveis de superfície (VSP, na sigla em inglês), a fim de evitar ser detectado pelo sistema imunológico, indica a matéria.
Para isto, o Giardia lambia utiliza um mecanismo similar ao RNA (molécula de ácido ribonucléico que suprime a expressão de genes específicos).
Os analistas acrescentaram que fica clara a função dos antígenos variáveis de superfície, primeiro sobre seu papel na evasão da resposta imune do hospedeiro parasitado e, depois, sobre a enorme importância na proteção contra infecções em indivíduos que contam com um arsenal imunológico.
A idéia de bloquear o mecanismo de variação antigênica, segundo eles, pode ser de grande utilidade para a geração de vacinas contra outros importantes parasitas que também manifestam variação antigênica, como sucede na malária (causada por diferentes espécies de plasmódios) ou a doença do sono (gerada pelo Tripanosoma brucei), doenças que produzem grande mortandade em diversas áreas do mundo.
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