quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Monsters inside me

Estou postando este vídeo que é o parasita a ser estudado na próxima aula, Wuchereria bancrofti. É um vídeo de um programa que passa na Discovery Channel, mostrando diversos parasitas de forma bem assustadora... já começando pelo título do programa "Monsters inside me".
Confiram o vídeo abaixo:



Modelo pioneiro usa células intestinais de felinos para estudo da toxoplasmose



23/07/2009

Laboratório de Biologia Estrutural do IOC

Embora o Toxoplasma gondii seja conhecido há mais de um século, a maioria das pesquisas estuda a toxoplasmose no homem, hospedeiro intermediário do parasito. É no felídeo, seu hospedeiro definitivo, que acontecem os ciclos sexuado e assexuado de sua reprodução, garantindo sua manutenção na natureza.
Um trabalho realizado no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) buscou avançar justamente neste ponto: os pesquisadores desenvolveram um modelo inédito de cultivo in vitro de células intestinais de gato doméstico. O modelo pode ser o primeiro passo para a realização de pesquisas sem a utilização de animais adultos vivos, e pode abrir caminho para novas estratégias de controle da doença.
Como hospedeiros definitivos do parasito, os felídeos, em especial o gato doméstico, têm papel fundamental no ciclo da toxoplasmose. Em geral, são contaminados pela ingestão de carne de roedores ou de pequenas aves infectadas. A reprodução sexuada do T. gondii acontece somente no intestino destes reservatórios, onde são produzidos os oocistos, eliminados nas fezes, contaminando água, solo, plantas e animais. O modelo experimental é o primeiro capaz de reproduzir esse ciclo.
Para o veterinário Marcos de Assis Moura, responsável pelo estudo, entender porque o ciclo sexuado do T. gondii ocorre apenas em felídeos pode permitir o desenvolvimento de novas estratégias de controle da toxoplasmose. “Podemos pensar em vacinas ou terapias para aplicação em gatos que interrompam o ciclo reprodutivo do parasito no gato, por exemplo” avalia o Marcos.

Para leitura na íntegra acesse: http://www.fiocruz.br/ioc/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=669&query=simple&search_by_authorname=all&search_by_field=tax&search_by_headline=false&search_by_keywords=any&search_by_priority=all&search_by_section=all&search_by_state=all&search_text_options=all&sid=32&site=fio&text=toxoplasma

domingo, 1 de novembro de 2009

Casos de neurocisticercose grave preocupam município de Minas Gerais


21/10/2009

Doença causada pela presença da larva da Taenia solium no cérebro, a neurocisticercose vem avançando no Brasil. Embora não existam dados concretos em função da dificuldade de diagnosticar essa parasitose, e pelo fato de a notificação não ser compulsória, pesquisas acadêmicas têm mostrado um aumento no número de casos. Em Minas Gerais, um estudo feito pelo professor de radiologia médica do Centro Universitário de Caratinga, na região do Rio Doce, Luciano Ribeiro comprova o crescimento da doença entre a população. Depois de analisar 6,2 mil laudos de tomografias, realizadas no Centro de Tomografia Computadorizada do município, ele encontrou 1.046 casos de pessoas infestadas com a parasitose na que é considerada a sua forma mais grave, o cisticerco. “O número é muito expressivo quando se trata de uma população de 82 mil habitantes, uma vez que são apenas casos diagnosticados. E aquelas pessoas que não têm condições de passar por um exame de tomografia computadorizada?”, pondera.

Perigo

No organismo, o parasita segue para tecidos do organismo, como os músculos, a retina e o cérebro. No sistema nervoso central, o cisticerco pode provocar desde cefaleias intensas, crises convulsivas, hidrocefalia e até a morte. As crises epilépticas são as complicações mais comuns. “Para que ocorra a neurocisticercose, o indivíduo tem que ingerir os cisticercos, e isso ocorre devido a alimentos ou mãos contaminadas. O portador do verme adulto elimina, com as fezes, os cisticercos no ambiente”, informa o professor. Quando o cisticerco começar a morrer, o que pode ocorre em um prazo de cinco anos, o processo provocará reações inflamatórias, que variam de indivíduo para indivíduo.

O professor ainda está pesquisando a infestação em Caratinga, mas trabalha com a hipótese de que a causa esteja relacionada à qualidade da água usada para irrigar as lavouras e hortas na região rural. “As hortaliças caracterizam o maior problema devido à falta de saneamento básico perante os produtores rurais que usam água contaminada por esgoto lançado nos rios. O ciclo se fecha quando a plantação é irrigada e não há higienização adequada da folhas, que devem ser friccionadas e não somente lavadas em água corrente ou mesmo colocadas em repouso no vinagre, pois esses procedimentos não eliminam os cisticercos que são invisíveis a olho nu”.

Oncocercose ainda é desafio nas Américas


29/10/09

De 4 a 6 de novembro, o Rio de Janeiro sediará pela primeira vez a XIX Conferência Interamaricana sobre Oncocercose, o evento é promovido anualmente pelo Programa de Eliminação da Oncocercose nas Américas (OEPA). A iniciativa reúne os especialistas dos seis países signatários da OEPA – Brasil, Venezuela, Colômbia, Equador, México e Guatemala, além de autoridades das várias instituições ligadas a saúde pública nas américas – CDC, Organização Panamericana de Saúde (OPAS) e Carter Center, para debater e apresentar os avanços no combate à doença parasitária. Por meio de acordo definido pela OPAS, os países signatários teriam que erradicar a doença nas Américas até 2012. No Brasil, a oncocercose ameaça a saúde dos mais de 13 mil índios Yanomami que vivem na região amazônica. Referência nacional para o tema junto ao Ministério da Saúde, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) é o anfitrião oficial da IACO em 2009.

“Nosso maior desafio é o fato de que o foco da doença na Amazônia é binacional, na fronteira entre o Brasil e a Venezuela. Os índios Yanomami são nômades, transitam em uma área de aproximadamente 192 mil Km2 entre os dois países. Além disso, a região é difícil acesso, o que dificulta o tratamento”, explica Marilza Herzog, chefe do Laboratório de Simulídeos e Oncocercose do Instituto Oswaldo Cruz (LSO/IOC).

“A conferencia é importante porque celebra a iniciativa regional anualmente. Durante os dias de evento, os paises apresentam seus avanços na busca pela meta de erradicação da doença nas Américas”, resume Mauricio Sauerbrey, diretor da OEPA. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, cerca de 500 mil pessoas vivem sob risco de infecção na América Latina.

Sobre a Oncocercose

A oncocercose é uma doença parasitária causada pela filária Onchocerca volvulus que se desenvolve por até 15 anos e gera adultos de até 80 cm, quando fêmeas, no corpo do hospedeiro humano. Transmitida por meio da picada de mosquitos do gênero Simulium, essa parasitose é raramente letal, porém considera como flagelo social na África, por seu sintoma mais grave a cegueira irreversível, causada inicialmente por uma reação inflamatória contra o parasita no olho, a oncocercose passou a ser conhecida como “cegueira dos rios”. Segue como a segunda causadora de cegueira no Mundo.

Testes clínicos de nova droga contra doença de Chagas começam em 2010


Do G1, em São Paulo

29/09/09

A Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi, na sigla em inglês) anunciou nesta terça-feira (29) em Tóquio que vai iniciar em 2010 testes clínicos em humanos com um “novo e promissor” medicamento contra a doença de Chagas. Segundo a entidade, o lançamento é o lance mais significativo na luta contra a doença em quatro décadas.

Há quase 40 anos foram descobertos os dois únicos medicamentos disponíveis contra Chagas. O problema é que eles não são administrados na fase crônica da doença, nem são muito eficazes. Entretanto, mais de 90% dos pacientes só descobrem que sofrem de Chagas já nessa fase crônica. O objetivo do novo tratamento é justamente atuar com mais eficácia na fase crônica da doença, em especial entre pacientes adultos.

A DNDi é uma parceria de pesquisa e desenvolvimento de medicamentos sem fins lucrativos fundada em 2003. Sete organizações de diferentes partes do mundo se uniram nessa parceria: Fundação Oswaldo Cruz do Brasil, Conselho de Pesquisa Médica da Índia, Instituto de Pesquisa Médica do Quênia, Ministério da Saúde da Malásia, Instituto Pasteur da França, Médicos sem Fronteiras (MSF) e Programa Especial para Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais (TDR) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

O novo remédio é o E1224, uma “pró-droga” do ravuconazol – quando entra no organismo, o E1224 se transforma no antifúngico, que tem demonstrado in vitro e in vivo ter uma atividade potente contra o parasita responsável pela doença. Ele foi desenvolvido pela Eisai, uma empresa farmacêutica japonesa.

Assim que estiver pronto, o novo medicamento será comercializado a preço de custo aos setores públicos e ONGs que trabalham com a doença de Chagas, afirma em nota a DNDi.

Leia reportagem na íntegra: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1322454-5603,00-TESTES+CLINICOS+DE+NOVA+DROGA+CONTRA+DOENCA+DE+CHAGAS+COMECAM+EM.html


Piolho prejudica aprendizado, conclui estudo da Unesp


Do G1, em São Paulo

20/10/09


A infestação por piolhos (Pediculus capitis) prejudica o aprendizado ao reduzir a autoestima das crianças em idade escolar. Pesquisa do biólogo Newton Madeira, do Departamento de Parasitologia do Instituto de Biociências da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), câmpus de Botucatu, comprovou que o problema de saúde é comumente vinculado a fatores socioeconômicos e encarado pela população – e pelo poder público – como um mero incômodo, e não um como problema de saúde.

No combate à doença, o uso indiscriminado de piolhicidas - produtos potencialmente tóxicos - pode criar resistência no inseto, o que torna as futuras infestações mais difíceis de combater. Já raspar a cabeça pode deixar traumas nas crianças. “Métodos caseiros não têm eficácia comprovada e podem ser perigosos, levando a alergias e a irritações”. O pente fino de plástico é a forma mais eficaz e mais econômica de eliminar o piolho, recomenda o biólogo.

A coceira provocada pelo inseto causa irritação, distúrbios do sono e lesões no couro cabeludo. A criança infectada sofre discriminação na escola e na comunidade.

Leia reportagem na íntegra: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1347998-5603,00-PIOLHO+PREJUDICA+APRENDIZADO+CONCLUI+ESTUDO+DA+UNESP.html