segunda-feira, 26 de outubro de 2009

2º Lugar na Etapa Final das Ciências da Saúde II!!!




Bom como alguns já sabem o blog ficou em 2º lugar na XII semana de monitoria na sessão de Ciências da Saúde II.

Gostaria de parabenizar a todos pelos resultados!! A monitoria não é o próprio monitor, mas uma relação que se constrói entre o professor, o monitor e a turma.

Acredito que o grande diferencial do trabalho foi a busca por benefícios diretos para os alunos, sempre com o foco na melhoria e no interesse pela discplina, além de enfatizar a possibilidade de expandir o aprendizado de acordo com a vontade do aluno.

Quero agradecer em especial à professora Danuza Mattos pela orientação, paciência, atenção, conselhos, por todo apoio e ajuda que foi dado desde o início!Ahh ... e é claro pelas ótimas aulas de Parasitologia que me fizeram ter uma grande vontade e interesse em ser monitora da disciplina.

Quero agradecer ainda, a todos os professores e alunos da disciplina por todo apoio, incentivo e principalmente pela oportunidade de poder realizar este trabalho. Aos meus familiares e amigos sempre presentes que me apoiaram e torceram muito por mim.

Agradeço a Deus pela oportunidade de colocar tantas pessoas maravilhosas no meu caminho!

Alunos aproveitem essa ótima equipe de professores, e também o blog que foi criado especialmente para vocês buscando aprimorar e atualizar o conhecimento em Parasitologia.


Um grande abraço.


Camila

domingo, 18 de outubro de 2009

Substância usada em cosméticos poderá contribuir para o desenvolvimento de novos fármacos para a doença de Chagas


A pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) Valéria P. Nacife desenvolve estudos com uma substância chamada carragenina, que é constituída por uma longa cadeia de polissacarídeos sulfatados, derivados principalmente de algas do mar irlandesas (Chondrus crispus).
A carragenina é um potente inibidor da multiplicação do vírus da dengue tipo 2 e 3 em células Vero e HepG2 e também pode bloquear a infecção pelo HPV. A substância também é conhecida comercialmente pelo uso em cosméticos e produtos alimentares. De acordo com Valéria, pesquisas mostram que os carboidratos estão envolvidos em muitos processos de interação e adesão que ocorrem em diversos parasitas (Plasmodium falciparum, Trypanosoma cruzi) e em células hospedeiras humanas. A carragenina lambda, escolhida para o estudo da pesquisadora, é composta principalmente de D-galactose sulfatada e tem uma maior quantidade de grupos sulfatados quando comparada com outros análogos (carragenina kappa e iota).

A carragenina é conhecida por induzir inflamação aguda, edema de pata e injúria nos vasos sanguíneos, inibe funções do complemento e liberação de quininas e potencializa a endotoxicidade. A substância também é utilizada na formação de bolsa de ar em roedores, liberação de mediadores de celulares e para aumentar a formação de metabólitos de oxigênio, que contribuem para a patofisiologia da inflamação.

No entanto, como a literatura ainda não apresenta dados sobre o uso da carragenina e o Trypanosoma cruzi, o grupo de Valéria decidiu aumentar o conhecimento a respeito dos estudos relacionados às interações parasita-hospedeiro, pesquisando a participação da carragenina na interação célula muscular-parasita. Os estudos poderão contribuir para o desenvolvimento de novos fármacos para a doença de Chagas.


Leia mais em: http://www.fiocruz.br/ccs/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=2644&query=simple&search_by_authorname=all&search_by_field=tax&search_by_headline=false&search_by_keywords=any&search_by_priority=all&search_by_section=all&search_by_state=all&search_text_options=all&sid=9&site=ccs&text=parasitas

sábado, 17 de outubro de 2009

Entomologia forense


A Entomologia Forense é a ciência que aplica o estudo dos insetos a procedimentos legais. As pesquisas nesta área são feitas desde a década de 1850 e nas últimas décadas vem obtendo progressos. A princípio existia um grande ceticismo quanto a sua aplicação, porém, paulatinamente, peritos criminais e legistas passam a contar com o auxílio de entomólogos para aprimorarem seu trabalho. Atualmente, vem crescendo o interesse de pessoas ligadas a instituições judiciais e cientistas forenses em como conduzir a entomologia junto a outras técnicas de investigação em casos de morte (Catts & Haskell, 1991). Os principais centros de investigação do mundo todo como, por exemplo, o Federal Bureau Investigation - F.B.I. (Estados Unidos), já contam com auxílio de entomólogos. As pesquisas realizadas no exterior já somam um grande banco de dados sobre o padrão de sucessão de insetos nos corpos, porém, devido às nossas condições climáticas aliadas à grande extensão territorial, esses dados não podem ser seguramente utilizados nos nossos exames periciais. Os entomólogos brasileiros, por sua vez, devido a impedimentos jurídicos e éticos, desenvolvem esse estudo em carcaças animais visando extrapolá-los para cadáveres humanos, portanto se faz necessário uma pesquisa mais abrangente no meio pericial.

A divulgação dessa ciência no âmbito policial nacional é quase inexistente e em razão disso, dados entomológicos importantíssimos são completamente ignorados, conseqüentemente, revelações valiosas se perdem. Na realidade, até agora pode se dizer que a perícia médico-legal baseia-se, ainda quase exclusivamente, na observação atenta das alterações macroscópicas que se sucedem na decomposição dos corpos, sujeitas a inúmeras causas de variação, umas acelerando sua sucessão e outras retardando.

Aplicações nos casos de morte violenta:

Conhecimentos entomológicos podem ser utilizados para revelar o modo e a localização da morte do indivíduo, bem como mais freqüentemente, estimar o tempo de morte (intervalo post mortem - IPM).

Outras aplicações:

Entorpecentes e maus tratos

Leia artigo na íntegra:

http://www.policiacivil.rj.gov.br/acadepol/ceap/artigos/artigo03.htm

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Doença de Chagas. IOC inicia testes com medicamento a base de selênio



Luiz Augusto Gollo/Agência Brasil
19/05


No ano do centenário da descoberta do mal de Chagas, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC) prepara para o início de testes em humanos de um novo medicamento à base de selênio, um dos elementos naturais subtraídos no organismo pela doença.
A diretora do IOC, Tânia Araújo-Jorge, responsável pela pesquisa, diz que os testes em animais foram concluídos com êxito e agora cumpre-se a série de protocolos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para os testes com os portadores da doença, em fase de seleção entre os 1.200 registrados no Instituto de Pesquisas Clínicas Evandro Chagas, também da Fundação Oswaldo Cruz .

Sem data marcada

Como ocorre no mundo inteiro nas pesquisas científicas em geral, a que se desenvolve no Instituto Oswaldo Cruz não tem prazo para chegar a algum resultado, mas Tânia Araújo-Jorge estima em sete anos o tempo para saber se os testes em pacientes com o novo medicamento apresentam resultado encorajador.


Como se combate o Mal de Chagas

No Brasil, cujo universo de infectados gira entre 4 milhões e 6 milhões, o mal de Chagas é enfrentado em "três grandes linhas de ação": o estudo permanente e aprofundado do uso do Benzonidazol, a investigação sobre novas drogas contra o parasita e o fortalecimento da resistência do paciente. Ela age nas três, mas seu foco principal é o paciente e não o parasita. "Os doentes já são prioritários para transplantes desde o primeiro transplante de coração feito no país, há mais de 40 anos, como também merecem atenção especial para a implantação de marcapasso cardíaco."


Leia reportagem na íntegra: http://www.parasitologia.org.br/default.asp?MENU=34&EDITORIA=974

The Winged Scourge

Pessoal,
estou postando um vídeo relacionado com a saúde educacional, produzido pelos estúdios Disney em parceria com o Coordenador de Assuntos Interamericanos, que mostra como se adquire a malária, que consequências ela traz, e como é evitada de uma maneira bem divertida e interessante.


segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Paleoparasitologia no Brasil


Ciênc. saúde coletiva vol.7 no.1 São Paulo 2002

Gonçalves, Marcelo L. C; Araújo, Adauto; Ferreira, Luiz Fernando

Paleoparasitologia é o ramo da paleopatologia que estuda os parasitos em material arqueológico ou paleontológico.No início do século 20, os estudos pioneiros de Sir Marc Armand Ruffer, quando descreve ovos de Schistosoma haematobium nos rins de múmias egípcias, lançam a pedra fundamental da nova ciência. A associação entre arqueólogos e parasitologistas começou a se estruturar mais tarde, com a análise de coprólitos (fezes mineralizadas ou preservadas pela dessecação) coletados em sítios arqueológicos e enviados aos laboratórios. As primeiras pesquisas no Brasil objetivaram refutar a crença até então existente de que as doenças parasitárias não eram significantes na pré-história do Novo Mundo. Os primeiros resultados desta linha de pesquisa, ovos de Trichuris trichiura e ancilostomídeos datados de épocas pré-Colombianas, foram apresentados no Congresso Brasileiro de Parasitologia, em 1979.

A paleoparasitologia e as migrações pré-históricas


A análise da distribuição de infecções parasitárias no passado possibilita especulações quanto às migrações humanas em diferentes regiões ao longo do tempo assim como contatos interpopulacionais, uma vez que, sob a ótica evolucionista, uma determinada espécie biológica não surge em mais de um ponto geográfico. Com isso, pode-se confirmar ou refutar teorias de povoamento e propor alternativas com base em achados paleoparasitológicos.
A sugestão de uma via terrestre entre a Ásia e a América do Norte como porta de entrada do novo mundo para os habitantes pré-colombianos, reinou por quase 400 anos como a explicação da origem asiática, via Estreito de Bering, dos primeiros habitantes das Américas. O estudo de coprólitos humanos tem levantado dúvidas sobre o modelo clássico do povoamento pré-colombiano das Américas pelo Estreito de Bering. As teorias clássicas propostas sobre o povoamento sugerem ondas migratórias por esta região, em número e época variáveis. Entretanto, este modelo não pode justificar o encontro de ovos de ancilostomídeos e de Trichuris trichiura em coprólitos oriundos de sítios arqueológicos das Américas há pelo menos 7.200 anos . O clima frio da Beríngia não permitiria a persistência deste tipo de parasitismo na população migrante, agindo como um verdadeiro filtro. Deste modo, a transmissão de parasitos com parte de seu ciclo evolutivo obrigatoriamente no solo seria interrompida ao longo das gerações de hospedeiros humanos que se sucederam por esta via migratória. Tais achados sugerem, na verdade, rotas alternativas, por mar, como uma possibilidade para as migrações humanas na América pré-histórica, tornando questionável a exclusividade absoluta do Estreito de Bering como porta de entrada.

Leia o artigo na íntegra: http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232002000100018&lang=pt&tlng=pt

domingo, 11 de outubro de 2009

Ação in vitro dos fungos Beauveria bassiana (Bals) Vuill e Metarhizium anisopliae (Metsch) Sorok sobre ninfas e adultos de Amblyomma cajennense



Amblyomma cajennense (Fabricius, 1787) é um carrapato amplamente distribuído no continente americano, desde o Sul do Texas, nos Estados Unidos, até a América do Sul (Robinson, 1926). Além dos danos diretos determinados pelo parasitismo, a espécie é responsável pela transmissão de patógenos causadores da erliquiose (Massard, 1984) e da febre maculosa (Monteiro et al., 1931) dentre outras doenças, o que torna fundamental o conhecimento aprofundado de sua biologia, visando estabelecer estratégias racionais e eficazes para o seu controle. O Brasil, em decorrência de suas condições climáticas, é uma região potencialmente favorável ao desenvolvimento de alta infestação por ixodídeos, onde áreas de pastagens apresentam elevada incidência dos estádios não parasitários de A. cajennense, durante todo o ano (Serra Freire, 1982).

Os fungos Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana são comprovadamente patogênicos para insetos (Alves, 1998) e sua patogenidade foi testada em carrapatos das espécies Boophilus microplus (Bittencourt et al., 1997), Rhipicephalus sanguineus (Monteiro et al., 1998a) e Anocentor nitens (Monteiro et al., 1998b). Nessas espécies provocaram mortalidade ou alterações em algumas fases de seu ciclo biológico.

O trabalho teve por objetivo verificar a mortalidade in vitro de ninfas e adultos de Amblyomma cajennense frente à ação de isolados dos fungos Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae.

Conclui-se que todos os isolados testados causaram mortalidade em testes in vitro sobre esses estádios evolutivos, sugerindo o controle do A. cajennense pela ação desses fungos.

Leia artigo na íntegra: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-09352001000500005&lang=pt&tlng=pt

Uso de corticóide sistêmico e intravítreo na inflamação secundária a cisticercose intra-ocular: relato de caso


Arquivos Brasileiros de Oftalmologia

Print version ISSN 0004-2749

Cisticercose é uma parasitose causada pela ingestão de ovos de Taenia solium, excretados nas fezes humanas, e caracterizada pelo parasitismo de diversos tecidos pela forma embrionária do verme Cysticercus cellulosae. As larvas localizam-se especialmente nos tecidos muito vascularizados como coração, músculo esquelético, cérebro e olhos.

Paciente de 62 anos do sexo masculino natural e residente na zona rural do estado de Santa Catarina foi encaminhado com baixa acuidade visual, dor ocular, hiperemia e lacrimejamento há 2 meses no olho direito (OD). Relatava trauma penetrante em olho esquerdo (OE) há 23 anos com perda da visão. O paciente era portador de hipertensão arterial sistêmica leve controlada e negava outras doenças sistêmicas, uso de medicamentos, assim como cirurgias oftalmológicas anteriores ou trauma ocular em OD.

O exame biomicroscópico e ultra-sonográfico permitiu o diagnóstico ocular de cisticercose intravítrea. Foi realizada cirurgia de vitrectomia via pars plana para remoção do parasita e no intra-operatório ocorreu ruptura do cisto com extravasamento intravítreo. Durante o procedimento foram injetadas 400 microgramas de dexametasona intravítreo e prescrito 60 mg/dia de prednisona via oral por 14 dias. O paciente evoluiu com recuperação visual e acuidade visual final de 20/25, retina aplicada e vítreo claro. Em conclusão, farmacoterapia com corticóide intravítreo associada à terapia com corticóide sistêmico pode ser considerada como alternativa a ser associada para o controle inflamatório após cirurgia vitreorretiniana de cisticercose ocular.

Leia artigo na íntegra: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492007000600023&lang=pt&tlng=pt

Leishmaniose ameaça a saúde dos cães em Belo Horizonte

Em Maio deste ano saiu esta reportagem no MGTV alertando sobre o perigo dos cães infectados na regiao de Belo Horizonte, sendo registrados nos quatro primeiros meses do ano 8 mortes de seres humanos em decorrência dessa parasitose.

Confira a reportagem abaixo:


Mosquitos ajudam no combate da malária e filariose


02/10/2009
da Efe, em Washington


Os mosquitos que transmitem a malária e a filariose linfática ajudam a combater as duas doenças por meio de engenharia genética e da alteração de seu sistema imunológico, apontam dois estudos divulgados pela revista "Science" na quinta-feira (1º).

No caso da malária, cientistas franceses e alemães descobriram uma possível arma para combater a doença no genoma do Anopheles gambiae, o mosquito vetor do parasita que causa a forma mais grave da doença na África.

No da filariose, cientistas da Universidade de Oxford descobriram que infectar os mosquitos com um parasita bacteriano deve ajudar a prevenir a doença.

No primeiro estudo, cientistas descobriram que as variações de um gene afetam a capacidade do mosquito de resistir à infecção do parasita da malária.

"Ao aprender como os mosquitos resistem à malária podemos encontrar novos instrumentos para controlar a transmissão aos seres humanos em zonas frequentes"

Leia a reportagem em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u632453.shtml