quinta-feira, 24 de junho de 2010

Beleza oculta


O ciclo de vida do trematódeo Ascocotyle (Phagicola) longa foi descrito em sua totalidade pela primeira vez por pesquisadoras do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em artigo da revista Acta Tropica. O helminto de distribuição mundial é considerado agente causador da heterofiíase humana, uma parasitose emergente proveniente do pescado. A espécie foi incluída na lista de Classificação de Risco dos Agentes Biológicos, publicado em 2010 pelo Ministério da Saúde.
O helminto utiliza tainhas (Mugil liza) como hospedeiro intermediário e pode ser transmitido para o homem pelo consumo do peixe infectado cru ou mal cozido. Apesar de ser um parasito bem conhecido, seus estádios de larva ainda não haviam sido descritos, bem como o molusco considerado seu primeiro hospedeiro intermediário.
O estudo foi parte da tese de doutorado de Susana Balmant Emerique Simões sob orientação das pesquisadoras Cláudia Portes Santos, do Laboratório de Avaliação e Promoção da Saúde Ambiental, e Helene Santos Barbosa, do Laboratório de Biologia Estrutural.

Veja mais em http://www.fiocruz.br/ioc/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm
Artigo completo: Simões et al., 2010. Acta Tropica 113: 226-233

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Malária pode ter matado Tutancâmon, sugere DNA


17/02/2010

Tutancâmon, o mais famoso soberano do Egito antigo, morreu provavelmente de complicações de uma fratura no fêmur e de uma infecção grave por malária. A conclusão é da análise patológica mais completa já feita na múmia do jovem faraó, publicada hoje por pesquisadores do Egito, da Alemanha e da Itália na revista médica
Jounal of the American Association.
Uma fratura repentina na perna, possivelmente causada por uma queda, pode ter resultado em um estado potencialmente fatal, quando uma infecção por malária ocorreu", escreveram Hawass e colegas. Uma das surpresas da análise genética foi que tanto Tutancâmon quanto outras múmias da família tinham em seu sangue genes do Plasmodium falciparum, protozoário causador da malária na África. "Até onde sabemos, esta é a mais antiga evidência genética de malária numa múmia com datação precisa", afirmam os cientistas.
Leia reportagem na íntegra: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u695068.shtml

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Gigante farmacêutica libera componentes de remédios contra malária

da Efe, em Londres
20/01/2010 - 15h15

A GlaxoSmithKline (GSK), segunda maior empresa farmacêutica do mundo, permitirá livre acesso aos componentes químicos de milhares de medicamentos que podem ajudar a curar a malária, informa o jornal britânico "The Guardian".
Witty destacará que as companhias multinacionais têm que dividir a responsabilidade social com a necessidade de obter lucro para seus acionistas, enquanto afirmará a importância de ganhar a confiança da sociedade, diz o diário.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Chimpanzés e gorilas podem originar novos focos de malária na África

RICARDO BONALUME NETO
da Folha de S. Paulo

19/01/2010

A importância do trabalho está em reafirmar o potencial de surgimento de novas epidemias vindas de populações selvagens de animais, como foi o caso, por exemplo, da Aids.

O estudo, assinado por cientistas de EUA, França, Gabão e Camarões, está na edição desta terça-feira (19) da "PNAS" e foi liderado por Francisco Ayala, da Universidade da Califórnia em Irvine.

Os chimpanzés e gorilas selvagens também podem contrair malária, revelou uma técnica recente que permite extrair DNA das fezes dos grandes macacos africanos.

A equipe que fez a descoberta, saída de amostras coletadas na República dos Camarões, revelou dois novos parasitas do grupo do Plasmodium falciparum, parasita causador da doença: um risco para a emergência de novos tipos de malária humana.

Leia reportagem na íntegra: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u681456.shtml


quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Monsters inside me

Estou postando este vídeo que é o parasita a ser estudado na próxima aula, Wuchereria bancrofti. É um vídeo de um programa que passa na Discovery Channel, mostrando diversos parasitas de forma bem assustadora... já começando pelo título do programa "Monsters inside me".
Confiram o vídeo abaixo:



Modelo pioneiro usa células intestinais de felinos para estudo da toxoplasmose



23/07/2009

Laboratório de Biologia Estrutural do IOC

Embora o Toxoplasma gondii seja conhecido há mais de um século, a maioria das pesquisas estuda a toxoplasmose no homem, hospedeiro intermediário do parasito. É no felídeo, seu hospedeiro definitivo, que acontecem os ciclos sexuado e assexuado de sua reprodução, garantindo sua manutenção na natureza.
Um trabalho realizado no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) buscou avançar justamente neste ponto: os pesquisadores desenvolveram um modelo inédito de cultivo in vitro de células intestinais de gato doméstico. O modelo pode ser o primeiro passo para a realização de pesquisas sem a utilização de animais adultos vivos, e pode abrir caminho para novas estratégias de controle da doença.
Como hospedeiros definitivos do parasito, os felídeos, em especial o gato doméstico, têm papel fundamental no ciclo da toxoplasmose. Em geral, são contaminados pela ingestão de carne de roedores ou de pequenas aves infectadas. A reprodução sexuada do T. gondii acontece somente no intestino destes reservatórios, onde são produzidos os oocistos, eliminados nas fezes, contaminando água, solo, plantas e animais. O modelo experimental é o primeiro capaz de reproduzir esse ciclo.
Para o veterinário Marcos de Assis Moura, responsável pelo estudo, entender porque o ciclo sexuado do T. gondii ocorre apenas em felídeos pode permitir o desenvolvimento de novas estratégias de controle da toxoplasmose. “Podemos pensar em vacinas ou terapias para aplicação em gatos que interrompam o ciclo reprodutivo do parasito no gato, por exemplo” avalia o Marcos.

Para leitura na íntegra acesse: http://www.fiocruz.br/ioc/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=669&query=simple&search_by_authorname=all&search_by_field=tax&search_by_headline=false&search_by_keywords=any&search_by_priority=all&search_by_section=all&search_by_state=all&search_text_options=all&sid=32&site=fio&text=toxoplasma

domingo, 1 de novembro de 2009

Casos de neurocisticercose grave preocupam município de Minas Gerais


21/10/2009

Doença causada pela presença da larva da Taenia solium no cérebro, a neurocisticercose vem avançando no Brasil. Embora não existam dados concretos em função da dificuldade de diagnosticar essa parasitose, e pelo fato de a notificação não ser compulsória, pesquisas acadêmicas têm mostrado um aumento no número de casos. Em Minas Gerais, um estudo feito pelo professor de radiologia médica do Centro Universitário de Caratinga, na região do Rio Doce, Luciano Ribeiro comprova o crescimento da doença entre a população. Depois de analisar 6,2 mil laudos de tomografias, realizadas no Centro de Tomografia Computadorizada do município, ele encontrou 1.046 casos de pessoas infestadas com a parasitose na que é considerada a sua forma mais grave, o cisticerco. “O número é muito expressivo quando se trata de uma população de 82 mil habitantes, uma vez que são apenas casos diagnosticados. E aquelas pessoas que não têm condições de passar por um exame de tomografia computadorizada?”, pondera.

Perigo

No organismo, o parasita segue para tecidos do organismo, como os músculos, a retina e o cérebro. No sistema nervoso central, o cisticerco pode provocar desde cefaleias intensas, crises convulsivas, hidrocefalia e até a morte. As crises epilépticas são as complicações mais comuns. “Para que ocorra a neurocisticercose, o indivíduo tem que ingerir os cisticercos, e isso ocorre devido a alimentos ou mãos contaminadas. O portador do verme adulto elimina, com as fezes, os cisticercos no ambiente”, informa o professor. Quando o cisticerco começar a morrer, o que pode ocorre em um prazo de cinco anos, o processo provocará reações inflamatórias, que variam de indivíduo para indivíduo.

O professor ainda está pesquisando a infestação em Caratinga, mas trabalha com a hipótese de que a causa esteja relacionada à qualidade da água usada para irrigar as lavouras e hortas na região rural. “As hortaliças caracterizam o maior problema devido à falta de saneamento básico perante os produtores rurais que usam água contaminada por esgoto lançado nos rios. O ciclo se fecha quando a plantação é irrigada e não há higienização adequada da folhas, que devem ser friccionadas e não somente lavadas em água corrente ou mesmo colocadas em repouso no vinagre, pois esses procedimentos não eliminam os cisticercos que são invisíveis a olho nu”.